Este Sábado, 5 de Outubro, 92 portugueses (3 mulheres e 89 homens) vão participar na primeira edição do IBERMAN, na distância ‘Iroman’, onde terão de nadar 3.8Km, pedalar 180Km e correr 42Km. Uma prova de triatlo, única no mundo, pelo facto de atravessar dois países. Alguns vão ser repetentes nessa distância e serão muitos a fazer a sua estreia.
A a 18 de Julho de 2013, após o Challenge Roth, havia 209 portugueses, 13 mulheres e 196 homens, que tinham sido capazes de completar uma prova na distância Ironman. Basta ver que em 2012, no total das 25 provas que constituem o circuito do Ironman, houve mais de 41.000 atletas a concluir a prova. Se a isso somarmos outras provas que incluem a distância de 140,6 milhas (2.4 natação + 112 ciclismo + 26.2 corrida), obtemos cerca de 50.000 Finisher nesta distância. E ao longo dos anos de existência do circuito Ironman, é avançado o número de 500.000 Finisher.
Ora, 209 portugueses em 500.000, representa cerca de 0,04% de Finisher, sendo esse um número ‘insignificante’ em termos de quantidade. Um número muito pequeno que resulta sobretudo de dois factores desencorajantes: a dureza da prova e o elevado custo associado à inscrição e deslocação. Por isso, quando se soube que iria haver uma prova mesmo aqui ao lado e com um custo de inscrição mais acessível, já esperava uma forte adesão dos triatletas portugueses. E no dia 6 de Outubro, espera-se que a reduzida lista passe a ter mais de 250 nomes.
Ao longo dos últimos meses, estes 92 triatletas dedicaram muito tempo a preparar-se para esta prova. Muitas horas de dedicação, vontade, esforço e sacrifício, mas também, muitas horas longe da família e dos amigos. Não é fácil conseguir uma preparação adequada para fazer uma prova destas. Esforços, dúvidas e incertezas que só vão desaparecer quando ao fim de muitas horas de competição se conseguir atravessar a meta. Aí será o momento de saborear a grande conquista e de perceber que o seu nome passará a contar de uma reduzida lista, onde a maioria nem sequer se atreve a pensar em tentar.
Aos que vão repetir a pensar em melhorar o tempo, aos que se vão estrear a pensar numa boa marca ou apenas com o único objecto de chegar ao fim, nem que seja 1 segundo antes do tempo de corte da prova, ficam os meus votos de uma excelente prova. Acima de tudo, que desfrutem ao máximo todas os momentos da prova e que não vejam o ‘gajo da marreta’. Eu estarei lá a apoiar e a pensar que um dia, quem sabe, talvez também esteja a enfrentar essa aventura.
Vamos, mostrem a vossa garra! Superem-se! E lembrem-se
“The pain is temporary, the memories will last the rest of your life”. John Collins, ‘pai’ do Ironman
no próximo ano estou a contar contigo…, para entrares nessa lista!!! 😉
David, se conseguir arranjar uma solução para a questão monetária, é quase certo que vou a Vitória. E ando com um plano que talvez resulte 😉
Não será um de esses plano de austeridade Made in Passos Coelho?
Quando falas dois factores desencorajantes acrescenta mais um quando se gasta em suplementos(recover) e material para uma prova destas?
Talvez mais que a inscrição.
É uma prova que não é para todos tanto no aspecto físico, mental e monetário.
Luis, em relação ao material, que é um investimento do carraças, eu até já parto do princípio que uma pessoa vai com o que tem, e não se põe a comprar coisas novas, senão, é uma loucura. Mas sim, também muito bem visto essa questão do investimento em produtos de recuperação e energéticos. Caros, mas fazem falta.